quarta-feira, 2 de setembro de 2009

IV - Noite Perigosa

ubitamente a fala da elfa é interrompida por um abafado som de forçada expiração do lado de fora. Quando recomeça o tom das palavras ganham um ritmo único, indicando um estado de transe:
“- Os próximos dias testarão a resistência dos viajantes antes de começarem a seguir seus destinos. Esta sempre foi e será a saudação das terras gélidas aos que vem desbrava-la!”

Luther, Ao ouvir o misterioso som externo, pensa:

* o que será que agitou tanto esse cavalo para ele reagir assim? Se eu tiver que me levantar daqui é bom que seja algo grave, porque sei que vou ficar num mau humor medonho! Me pergunto por que eu fui entrar para a igreja de meus pais ao invés de seguir um caminho mais simples como meus amigos de infância, os bárbaros do Shaar? Eles hoje devem praticar o esporte de degolar Orks. Será que não existe nessa terra nenhum Ork que seja digno de viver em paz?*

Luther com o frio e fome, fica sonolento e se encosta num canto da carroça onde começa a dormir.

Embalado pelo sono, Luther sonha com as distantes terras de Shaar e o lar de sua ordem, onde é saudado por suas conquistas em nome da deusa do ar. Surpreendido por repentinos tapas e uma fala esganiçada, Luther percebe que agora estava na carroça com Clatus estapeando-o:

“- VAMOS, ACORDE LUTHER!!! Precisamos sair aqui... Acabo de ver alguma coisa lá fora fuçando a lateral da carroça. Melhor nos escondermos...”

Luther, com frio, com fome, e de mal humor se levanta com grande propensão para o combate. Resmunga baixinho:

“- Adoraria arrancar cabeças agora de quem quer que esteja fuçando a essa hora da noite nesse raio desse frio!”. Desembainha sua espada de 2 mãos!

Sem aguardar a reação de Luther que estava perplexo, Clatus pula depressa para o exterior da carroça procurando um local para se proteger. Ao ver o paladino rumando ao encontro do perigoso urso, segue-o de longe.

Luther sai da carroça com sua espada nas mães procurando um provável alvo! Com uma raiva pouco comum em sacerdotes! Ele busca seguir Mikal o paladino de Tyr.

Mikal que se aproximava para descansar ao terminar seu turno ouve a cantoria de algumas fogueiras abafando a natureza próxima e trazendo certa descontração e civilidade as terras inóspitas. Mais perto da carroça, o paladino consegue ouvir o som de uma forte queda do outro lado do transporte.

A expressão de cansaço do rosto do jovem guerreiro desaparece no mesmo instante em que os ventos gélidos trazem o barulho até ele, seus olhos mudam totalmente apagados pelo longo turno eles voltam a demonstrar uma chama, chama essa que pode evidenciar perigo.

* Tyr pai da justiça, amável e bom aqueles que pregam o caminho sábio e justo, mostra ao teu servo , cego, o ímpio , mostra aquele que deve ser ceifado em nome do bem maior para que seu nome seja louvado e tua honra glorificada, mostra ao teu servo a presença do malfadado e injusto ser nefasto e faz tua luz e verdade brilhar na lamina do teu servo*

(off: Detectar o mal – foi se a do dia rs )

O guerreiro sagrado sente uma energia percorrendo seu corpo ate manifestar uma pequena luminosidade que lhe revela que sua oração fora atendida. Todavia, não revelara a natureza do perigo.

Desembainhando sua espada o jovem guerreiro da luz atravessa cautelosamente a carroça indo verificar o que se passar

“- Por Tyr , o que esta havendo?”

O jovem tem uma expressão absoluta e inabalável em sua face

Para espanto do paladino, parte das cargas amontoadas na lateral do transporte estão quebradas. Uma corpulenta criatura quadrúpede amarronzada remexe nos cestos dos cavalos, logo identificada como um urso. O animal sente a presença do paladino, levanta-se rumando na direção do guerreiro sagrado.

A criatura avançando apenas sobre duas pernas fica próxima de Mikal, movendo em arco suas poderosas garras com extrema rapidez, surpreendendo-o. Atingido com o forte e profundo balançar que lhe rasga no peitoral, o paladino acaba arremessado violentamente para trás, caindo sobre os restos de caixotes da carroça posterior. Momentos depois, uma poça de sangue se forma por debaixo de seu corpo.

Notando o perigo mortal sobre o companheiro, o halfling que vinha sorrateiro por detrás da criatura puxa rapidamente seu arco, arremessando uma flechada certeira que se finca na altura da articulação esquerda da pata traseira, fazendo a fera urrar de dor. O urso se reposiciona para ir na direção de Clatus.

O jovem guerreiro levanta-se da poça de sangue com grande dificuldade, abismado com o acontecido,mas não arrependido por não ter reagido agressivamente,na verdade o que se passa pela cabeça do jovem é a sorte em não ter atacado,se apoiando em suas duas espadas, o sangue ainda vertendo de seus ferimentos, o jovem olha a sua frente e ve Clatus fazer seu ataque, com uma expressão de dor, mais com a chama acesa da vida em seus olhos.

“ – CLATUS, NÃO, ugh!!!!!!!!”

O jovem perde um pouco do equilíbrio tendo que se apoiar em sua espada.

* Por Tyr, essa criatura inocente não deve sofrer por seguir seus instintos, temos que leva-los para longe da caravana sim, mas não devemos feri-los*

“ – Clatus, ughhh, não ataque, tire-o de perto da carruagem somente, não devemos feri-lo, está apenas seguindo seus instintos”

A criatura furiosa investe com menos intensidade sobre o pequeno halfling que ainda tem tempo de arremessar outra flechada sobre a pata esquerda do urso antes de escapar de uma mordida.

O Paladino se levanta, ainda com dificuldade, e emprega toda sua força em chamar a atenção do animal para que ele o siga para longe das carruagens e para onde ele possa ser deixado sem que volte a incomodar os viajantes.

O urso ao ter seu caminho impedido por Mikal avança na direção do ferido guerreiro. Clatus tenta se posicionar novamente por trás da fera.

“ – Luther veja se os , aaaaaahhhhh, *o jovem leva a mão ao peito com uma expressão aguda de dor* veja se os outros estão bem , eu volto em breve”

O jovem vai adiante, mesmo sofrendo penosamente com as dores, porém em seu rosto se vê uma grande resolução.

*Grande Tyr, se for de sua justa vontade que seu servo caía nesse local, que seja feita sua vontade, mais permite a esse servo uma pequena recompensa, faz com que ele viva para salvar o justo que por estar mal entendido corre risco de morte desonrosa e desmerecida, da ao teu servo força, para cumprir sua missão de justiça, mas se mesmo assim julgares diferente de teu servo , permita que ele parta em paz e que se rejubile em sua gloria, para que seja feita sempre a sua vontade maior de justiça, a justiça eterna e perene , a justiça imortal, é o que te implora seu servo”

A fera descomunal continua seguindo o moribundo paladino que se arrasta ate não poder continuar pelas dores no peitoral gravemente ferido, caindo tonto ao chão. O urso se aproxima ameaçadoramente, enquanto Clatus se agita tentando tirar outras flecha de sua aljava para fazer outro milagre.

No chão o paladino apresenta além da dor uma face de piedade e calma próximo a morte certa. Talvez poucas pessoas pudessem dizer que ele morrera em uma situação tão nervosa e tensa, ele apenas tem na expressão a calma de quem tem o dever cumprido.

*Tyr, tua vontade seja feita, teu servo não pode mais lutar, não... Não assim... Não contra quem nada fez para merecer a dor, não contra quem não trás mancha ou crime que o condene, pai estendo minha alma a sua bondade, e meu corpo ao seu mundo, da terra gélida sai, a terra gélida voltarei, e que nos anais celestes espero eu poder ser julgado e se justo for, receber as benção celestes na imortalidade*.

O jovem ao chão não aparenta fazer nenhuma reação à aproximação do animal.

Ao encontrar suas flechas, o pequeno halfling faz nova investida, todavia falha em acertar o furioso urso que apenas se irrita mais. Uma nova tentativa de Clatus de alvejar a criatura apenas atinge de raspão uma das laterais da fera que parte em sua direção sedenta.

Luther que seguia junto com Clatus percebe que a situação de Mikal poderia ser critica.

Luther para próximo de Mikal, casteia cure ligth:

Pressionando o peitoral injuriado, o clérigo caminhante do ar emana uma luminosidade sentida por Mikal como um forte calor sobre o ferimento. Em instantes, as dores e sangramentos do paladino são substituídos por uma energia cálida e confortável que gera uma vitalidade súbita no corpo ainda doloroso.

“- Vamos atacar esse urso de 2 lados diferentes, colocando ele no meio? Ele deve ficar em desvantagem!”

Ainda meio tonto, não se sabe pelo ferimento ou por si só, o paladino só consegue ouvir os passos pesados da criatura atrás de si, sua memória volta rapidamente a realidade, mesmo curado a dor é lacerante tudo que o jovem consegue fazer é dar um encontrão em Luther para que esse saia do alcance da besta.

* Pai se foi sua, vontade e vivo permaneço assim seja , continuo lutando pelo bem e pela justiça, para que isso me valha de sua força e sua gloria, que assim seja*

“- Luther unghf, Não vamos atacar nada , vamos é atraí-lo para longe da caravana!”

Um dos ajudantes da caravana que estavam próximos tenta findar a ira do urso acertando-o com sua lança, todavia o monstro cada vez mais raivoso ergue-se, conseguindo retirar a lança de seu corpo e estapeando com violência o jovem rapaz que cai morto ao chão.

Uma fumaça se forma na carroça onde o trio se encontrava.

Rapidamente, mas não sem um lampejo de dor em sua face o jovem guerreiro se levanta continuando a atrair a besta, ficando extremamente surpreso ao perceber a nevoa.

* Tyr, que maldição é essa agora, devo me desculpar com Luther pelo encontrão e agradecer a ele e a Akadis pela cura, sim é o justo, mais antes tenho que tirar essa besta de perigo, e de nos causar perigo, e essa nevoa agora, mais essa, maldição*.

O jovem guerreiro continua atraindo a besta mesmo com a tarefa ficando mais complicada a cada minuto, porém através da expressão de dor e cansaço e da visão excruciante do guerreiro banhado em seu próprio sangue pode-se ver em seus olhos a chama de quem não vai desistir tão fácil.

O urso ainda disposto a terminar o que começou segue a provocação do paladino. A fumaça ganha intensidade, dificultando a visão ao redor.

Gritando o jovem se dirigi a Clatus “– CLATUS VOLTE A CARAVANA ELES PRECISAM DE AJUDA POR LÁ , EM BREVE ESTAREI DE VOLTA” *se Tyr permitir* “ LUTHER, AJUDE OS OUTROS QUE ESTÃO DESESPERADOS, ESSA ESTA SOBRE CONTROLE”

* Espero que eles entendam e não ataquem mais*

O jovem guerreiro vai guiando a besta através da nevoa.

Luther pensa *Paladino guloso quer comer esse urso sozinho na porrada! Bom se a caravana ficar sem cavalos não vai sobrar um vivo com essa nevasca!* e acaba dizendo:

“- Oh Mikal, trata de espantar logo esse urso que vamos precisar de todos pra reunir os cavalos em breve. Você vai ter de ficar sozinho pois tenho mesmo que ir socorrer a caravana de outro agressor e ajudar na debandada dos cavalos. Fui...”

Luther corre em meio à neve e o vento gelado em direção ao tumulto, enquanto observa de longe qual a fonte real desse ataque de ursos.

O clérigo de Akadis observa um grupo de homens vindo das laterais das carroças da frente se reorganizando e seguindo na direção do urso que confrontava Mikal.

Clatus responde gritando para Mikal:

“- ESTÁ BEM MIKAL? QUASE PENSEI QUE... Mas o que é aquilo?”

Ao observar de relance a direção indicada pelos gestos do halfling, Mikal bem como Luther conseguem vislumbrar por detrás da fumaça uma enorme fogueira exalando de onde acreditam estar a carroça.

Luther procura exaustivamente quem quer que possa estar controlando o ataque dos Ursos. Grita para a multidão, guardas e servos da caravana:

“- Reúnam os cavalos e os passageiros, cuidado com a nevasca...”

Apesar do vigor nos gritos, o andarilho do ar não consegue nenhuma atenção diante da fumaça e da agitação no acampamento. Homens, cavalos e cavaleiros parecem correr por todos os lados, deixando Luther zonzo. A confusão apenas atrapalha mais a busca e concentração do clérigo que fica desorientado, ate ver Clatus encarando o incêndio.

Um olhar de preocupação e perigo eminente passam por sua cabeça, mas o jovem logo se concentra em atrair a atenção do animal ainda mais para dentro da fumaça onde essa fica mais densa, tomando cuidado para não ser atingido pelo mortal golpe da fera.

Rapidamente Clatus corre disparado para a carroça em busca de recuperar alguma provisão antes do inevitável.

*Mais um pouco meu amigo , mais um pouco*

Se movendo agora de forma a confundir o animal e fazer com que ele va em sentido contrario ao da caravana, já que a fumaça tampava sua visão e provavelmente seu olfato.

O feroz e ainda perigoso urso segue Mikal por vários metros ate ser encurralado por alguns dos ajudantes e cavaleiros mais organizados nas que vinham por trás. Depois de quase atropelarem o injuriado paladino, fazem um revezamento de investidas brutais com flechadas e machados lançados contra o dorso do desnorteado animal, conseguindo finalmente tomba-la inerte.

O jovem guerreiro ve a carroça em chamas, tossindo graças a fumaça infecta, o jovem após despistar o tremendo animal volta correndo em direção a Irwain, Valas, e todos os outros.

O pequeno halfling sujo de fuligem e com alguns dedos queimados permanecera próximo da agora destruída carroça onde viajava, encarando as labaredas que ainda queimavam o arruinado transporte. Sobre seus pés estavam algumas mochilas e os parcos suprimentos. Clatus olha pesarosamente para Luther, lamentando a perda do confortável transporte.

Noutra carroça adiante:

Um dos guerreiros já se aproximava para impedir o caminho do ranger. Ignorando o praguejar dos guerreiros, Valas localiza uma pequena rocha rasteira a alguns passos da carroça.

Rapidamente, porém de forma cuidadosa e reparando nos movimentos do guerreiro que o acompanhava, Valas segue rumo à pequena rocha rasteira e se coloca em posição de ataque...

Guieblin observava nervosamente tudo que ocorria, avaliando como utilizar seus talentos nesta situação. Logo decide se aproximar dos guerreiros humanos e intervir a favor do estranho, tentando convencer os mercenários a se concentrarem na ameaça do urso.

Depois de alguns instantes, a dupla de mercenários segue a passos largos na direção do segundo urso.

A fera vai se afastando da carroça rosnando e arfando com muita dificuldade de forma desorientada e cambaleante na direção das carroças de trás, contudo interrompe sua caminhada com o avançar de uma forte fumaça. Um incêndio pode ser visto ocorrendo na terceira carroça.

Elmorin ainda estupefato com a presença do urso segue, de uma distancia que considera segura, os passos do animal ferido. Buscando algum auxilio no possível embate, vê a movimentação do misterioso drow bem como Irwain estupefato:

“- Ei Irwain vamos atrás do bicho. Você ai com cara de poucos amigos... Se esta conosco, venha nos ajudar a encurralar aquela fera, antes que ela destrua mais alguma coisa. Esse seu arco pode ser muito útil!”

Irwain para e pensa. Tomando uma decisão, segura com firmeza sua lança e diz para Elmorin:

“- Certo Elmorin vamos lá, mas devemos apenas garantir que o Urso não ataque ninguém. Façamos de tudo para não feri-lo.”

Voltando-se para o Drow:

“E você. Podemos contar com a sua ajuda?”

Valas dirigi-se para Irwain e Elmorin e diz: “Tenho certeza que existe algo mais poderoso envolvido nesse incidente... Vou tentar descobrir isso...Sigam o seu caminho, que eu sigo o meu...”

O jovem guerreiro sagrado se aproxima de Valas, e para a surpresa do elfo uma língua conhecida e bem vinda a seus ouvidos é dita.

(Em drow)

O paladino põe a mão sobre o arco do elfo:

“ – Não, os animais seguem somente seus instintos , temos que achar quem por ventura possa estar controlando-os se é que existem, afinal , estamos aqui parados com comida e fogueiras, nos praticamente os convidamos, temos que nos concentrar em tira-los daqui sem feri-los, acho que concorda comigo. Vou chamar a atenção da fera, ajudem a apagar o fogo!”

O jovem guerreiro parte para chamar a atenção da fera como já havia feito com a primeira, esperando que os outros apaguem o fogo, o jovem paladino novamente faz o perigoso jogo com o urso, apesar de seu passo firme às vezes ser interrompido por uma expressão de dor e uma leve levada de mão ao peito onde o corselete se encontra aberto.

* Tyr, que bagunça é essa, não consigo entender nada, pai olha pelos teus filhos nesse inferno de gelo e fogo , olha por todos os que estão aqui , e ajuda novamente teu servo a salvar quem nada tem contra si .*

Para frustração do paladino uma nova turba se aproxima do moribundo animal indicando usar a mesma estratégia realizada com o anterior. Logo Mikal se vê cercado por homens a cavalo e a pé portando lanças e arcos. Um dos cavaleiros logo se apressa em alertar o guerreiro sagrado:

“- SAIA DAÍ RAPAZ... ESTA FERA JÁ ESTA COM SEUS DIAS CONTADOS! OS OUTROS AJUDEM A APAGAR AQUELE INCENDIO!!!”

Elmorin para ao perceber a intenção de cerco dos homens e aguarda o resultado.

Não percebendo muita utilidade para seus talentos naquela situação, Guieblin observa o curso de ação puxando flechas de sua aljava e portando seu arco.

Valas interrompe seu ataque às feras, o dirigi-se para o Paladino... Com isso, Valas olha para aquele nobre hoomem e diz “...Tudo Bem...Vamos ver se tens realmente razão...” Valas se afasta do ambiente de batalha e tenta “rastrear” algo por perto, que possa ser de fato, ser interessante... Vai se afastando da caravana, e indo em direção aonde o instinto o leva... Em busca de poderes “maiores” que possam estar controlando as ações dos Ursos.

O cerco se fecha sobre o segundo urso que tenta em vão reagir contra seus atacantes, todavia as flechas e lanças arremessadas são suficientes para findar com sua resistência. Os homens bradam uma breve vitória sob o invasor ao mesmo tempo em que parte dos defensores tenta auxiliar na contenção do incêndio. Outros correm nas cercanias do acampamento tentando encontrar novas ameaças.

Guieblin olha para o animal com tristeza, recordando de outros seres silvestres que conhecera na sua infância, todavia fica mais intrigado com a inquietante proximidade dos ursos diante de um acampamento tão numeroso.

Elmorin impressionado com sua primeira experiência nas Fronteiras Selvagens observa a “bestialidade animada” dos homens que comemoram a morte da fera.

O drow observa em meio a confusão que parece estar sendo dissipada três vultos próximos de uma formação rochosa a sua esquerda que parecem estar distanciados das demais aglomerações. As figuras movimentam-se rapidamente para os lados e se entrecruzam como num combate.

Valas dirige-se aos vultos empunhando seu arco, e se aproxima o suficiente para entender o que está havendo, identificando de quem ou o que eram esses vultos.

O jovem guerreiro estupefato com a violencia aplicada, somente abaixa sua cabeça numa prece

* Pai Tyr acolhe a alma das criaturas mortas injustamente, em sua sabedoria suprema sabes bem discernir o certo e o errado, mas nesse caso seu servo endossa a inocencia de seus julgados, faz com que suas almas tenham um descanso celeste tranquilo, e perdoa os homens que sem senso de justiça, mas com desejo de sobrevivencia, vencidos pelo medo da morte, os fez brutos, olha tambem pai celeste por aqueles que cairam guerreando bravamente pela vida de outrem e salvaguarda dessa caravana, acolhe a quem foi justo em tua luz, mais tambem condena o impio ao tormento eterno, seu servo lhe pede humildemente que olhe por todos nessa caravana e que tudo possa terminar bem , para sua gloria hoje e sempre Amem*

O jovem levanta a cabeça corre em direçao a Irwain e Guieblin.

“ – Vamos rapazes acho que podemos usar da ajuda de vcs para apagar esse fogo.”

O jovem paladino olha ao redor a procura de Valas , vendo que esse esta distante e aparentemente se distanciando o jovem guerreiro grita em drow.

“ - VALAS, ONDE VAI, PRECISAMOS DE AJUDA POR AQUI COM ESSE FOGO.”

Virando-se para Luther

“ – Então amigo como andam as coisas por aqui?”

O jovem guerreiro sagrado olha ao redor seus olhos afiados a procura de algo que parece não encontrar

* Onde esta aquele Valerius, não posso deixar de pensar na teoria de Luther *